sábado, 23 de abril de 2011

Zé Ninguém

Todo dia sai do campo
Muita gente pra cidade
Atraída e iludida
Vem buscar felicidade
Mundo rico e colorido
Na novela a gente vê
Conterrâneo meu amigo
Tenho pena de você
Das entranhas do sertão
Vem pro mundo da ilusão
Sem dinheiro vem
Mais um favelado
Mais um Zé ninguém.

Eu queria ser feliz
Quando vi para cidade.
Tanto sonho, embalei,
Pra tornar realidade.
Procurei por todo canto,
Não vi a felicidade.
Encontrei com muita gente,
Pouca solidariedade.
No lugar de tanto plano
Entrou a fatalidade.
Que pena, que maldade,
Roceiro na cidade
Perde a identidade.

A dureza lá do campo, enfim,
De repente dá saudade.
Não devia vir do campo, não,
Tanta gente pra cidade.

Nenhum comentário:

Postar um comentário