Fico sem compreender Gravado CD III/2003
Meu sertão em alvoroço
Pra comer e pra beber
Tanta terra e caboclo
Sem prestígio o tempo inteiro
Quem se elege fica mouco
Não escuta mais roceiro
Apesar de tanto açude
Pouca área irrigada
Apesar de luz elétrica
Tudo quase vale nada
De pequena produção
Vive o homem sertanejo
Se do céu não vem fartura
Vai vivendo do varejo
A cultura algodoeira,
É preciso retomar
A ciência dê um jeito
Do bicudo acabar.
Quero ver canavial
E engenho pra moer.
Com fartura, a fome é zero,
Todo mundo há de ver.
Vive o povo nordestino
Da esperança eternal.
E apesar de tanta verba
Liberada no jornal,
Apesar de tanta fala,
No sertão não chega nada.
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