domingo, 1 de maio de 2011

Hino de Aurora

 Aqui nasci
Aqui quero viver
Ó terra amada
Meu berço meu prazer. (Ref.:)

Nesta estrofe existe uma declaração de nascimento e outra de desejo de viver.
No terceiro verso, ó terra amada, o autor classificou quanta estima tem pela sua terra natal; de forma que fecha a estrofe chamando o solo de sua terra de seu berço e prazer. Com isso o autor demonstra como se sente bem abrigado e confortável dentro das linhas limítrofes de sua terra natal.

De há muito és história
Tens anais de verso e prosa
Teus valores oh Aurora
Defendem tua memória
És terra firme e forte
De todos és a glória
Glória e tradição.

Canção da seca

O sol ta quente demais                                   
No chão a planta murchou
A chuva não veio mais
Toda esperança acabou
Eu não duvido de nada
Deus muda tudo em segundo
Mas ver a terra molhada
Perdi a fé, eu assumo.
A natureza mudou
O céu ficou carrancudo
Toda tristeza voltou
Com meus botões, fiz estudo.
Inverno aqui vai ser fino
Só pra apagar a poeira
Sofrer assim é destino
É sina pra vida inteira.
É triste a gente olhar
O céu sem relampejar
Sem nuvem para chover
Como evitar a tristeza
Bicho berrando de fome
Criança sem pão na mesa.
Meu Deus, Por quê?
Deixar sofrer o meu sertão?
Tem dó de nós
A seca dói
Molha este chão.

Recitar.
Alvoroço geral! O sol queimando; água faltando; bicho sofrendo; o povo rezando; e a chuva não vem. Meu Deus: por quê?

Papel de presente

Só pra você
Eu digo, eu te amo.
De todo coração
E meu viver
Eu lhe entreguei.
Já demonstrei
Todo meu carinho
E o amor que eu lhe dei,
Será assim
Algo sem fim.
Você chegou
Em papel de presente
Pela porta da frente
E meu nome gritou.
Nasceu assim um amor diferente
Que mudou meu destino
Tudo tão de repente.
Tanto bem,
Tanto amor nesta vida,
Só eu tenho pra te dar querida.
Você faz parte da minha história,
Sou feliz com você agora.            

Só nós

Não tem por que me procurar                         
Saiu de mim sem me avisar
Não posso mais lhe aceitar
Fazer o que?
Você não disse pra esperar
Então chegou alguém depois
E agora não posso negar
Só “dá nós dois”.
Muito fácil de entender:
Como é que eu ia adivinhar? { bis
Saiu da fila e se esqueceu de me avisar
Chegou alguém e ocupou o seu lugar. {bis
Não fique triste não
Aprenda esta lição
Quem vai ao vento
Geralmente perde o assento.

Bicho especial

Nas estradas nordestinas                      
No inverno ou no verão
Ele cumpre sua sina
Representando o sertão
É demais a malvadeza
Dói aqui no coração
Um bichinho sem defesa
Morto por um caminhão.
Está de noite e de dia.
Entre as moitas e o asfalto
Ele, em sua freguesia,
Anda procurando pasto
Atenção caminhoneiro
Livre sempre o acostamento
Sempre dá pro carreteiro
Passar longe do jumento.
Está na hora de acabar
Tanto, tanto sofrimento
É preciso respeitar
A figura do jumento
Animal universal
Vigilante no estradão
Meu amigo motorista
Sangue não é tinta não.                             09/10/2009.
Animal especial
Sem noção de contramão
Meu amigo motorista
Sangue não é tinta


Coisa Viva

Sei que tudo mudou                               
Na história do sertão
A energia chegou,
E trouxe a televisão
Muita coisa a motor
Tocada por um botão
Mas quero ver quem esquece
As festas de São João.

Fogão a gás butano
Na copa, água gelada
Na sala CD tocando
A música da parada
Roupa limpa e passada
Em máquina modernizada
Mas quero ver quem esquece
As festas de vaquejada.

Do sertão pra cidade
Tem celular e internet
A juventude de moto
Moderna como vedete
Chega o fim de semana
É hora de curtição
Mas quero ver quem esquece
Xaxado, xote e baião.

São João, vaquejada
Cavalo bom de mourão
Viola, rima e toada
Sanfona, pinga e baião
Nordestino se agita
A tradição interessa.
Com mulher nova e bonita
A gente então faz a festa.

Sozinho na praia

O sol e o mar                                 
Todos vêm me contar
Que procuram você
Pra banhar
A onda e o vento
Também tentam dizer
Se, espero você,
Você não virá.
Meus olhos
Vão mergulhando
Na onda de minha lágrima
Relembro você deslizando
Nas dunas da minha visão
Morrendo de saudade
Mirando o céu aberto
Eu sinto na verdade
Você de mim tão perto.  {Bis     24/07/2009