sábado, 23 de abril de 2011

Riquezas da água

Tão diferente é sertão,
No tempo de inverno bom!
 O clima abrindo a estação,
O sol suaviza o tom,
Pra chuva molhar o chão.
Açude cheio, sangrando,
Peixe pulando na frente.
Rio, riacho, lagoa,
Transbordando de água boa,
Matando a sede da gente.
A pobreza do nordeste                                  Gravado CD III/2003
Tendo água se inverte.
Se a chuva então não na desce,
Irrigando, enriquece.
Fruta de mais ta sobrando,
Passarinho nem belisca.
E as borboletas pousando,
Abelha mansa sugando
O néctar da flor bonita.
Lagarta se encanta e voa,
Cigarra hiberna e não pia.
Raposa ao frango diz loa,
Tatu dispensa formiga,
Jerico tem vida boa.
Fartura tem de montão!
Batata, leite e jerimum.
Banana, mel, macaxeira,
De tudo tem cada um
E o dinheirinho da feira.
O nativo nordestino
Cansou de ser retirante.
Escute aqui, seu doutor,
Inverno bom, forte ou fino,
Faz mais que o governador.
1 - Riqueza das águas - CD forro da gente

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