Há quanto tempo não ouço
O canto do assum preto,
Dói aqui dentro a saudade
Fazendo calo em meu peito.
A vida aqui na cidade
Me deixa mesmo estressado,
Vou respirar lá no campo,
De onde eu volto curado.
Cresci menino levado,
Bebendo leite de cabra.
Tomando água de coco
Na minha casa caiada.
Brincando nas goiabeiras,
Pulando pra lá e pra cá.
Na sombra da laranjeira,
Deitava até o sol baixar.
Tinha gibão preparado,
Chapéu, perneira e chocalho.
À tarde eu sempre aboiava
Na porteira do curral.
Cavalo novo arreado,
Uma novilha atrevida,
Aquilo sim era vida,
Eu vivo quebrando o galho.
Caminhando/, recordando/, me inspirando/, me revendo.
No engenho/, vaquejada/, no alpendre/, na estrada.
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